Presidente da FEI alerta que decisão de retorno da equitação ao pentatlo moderno terá que seguir as normas da entidade

Prospyre Batari Frash
By Prospyre Batari Frash 5 Min Read

O presidente da Federação Equestre Internacional (FEI), Ingmar De Vos, alertou que qualquer decisão retorno da modalidade equestre no pentatlo moderno terá que estar de acordo com “padrões, regras e regulamentos” da entidade.

Vale lembrar que recentemente a União Internacional de Pentatlo Moderno (UIPM) decidiu excluir do programa, a equitação após Paris 2024 e até programando testes de uma variação da corrida com obstáculos para o final deste mês e gerou uma opinião negativa de boa parte dos atletas.

Essa atitude foi tomada após o escândalo de agressão da treinadora Kim Raisner que foi flagrada batendo em um cavalo durante a competição olímpica,

De Vos disse que não era lugar da FEI comentar sobre a exclusão da equitação do programa do pentatlo moderno, mas prometeu que o órgão dará suporte a UIPM até Paris 2024.

“Em primeiro lugar, o que aconteceu em Tóquio foi completamente inaceitável e mostra claramente que a forma como o pentatlo moderno absolutamente estava fazendo a competição equestre não estava absolutamente de acordo com nossos próprios padrões e princípios, e abordamos isso imediatamente”, disse De Vos.

“O pentatlo moderno criou um grupo de trabalho para melhorar essas regras, e fornecemos dois especialistas, um na área de salto e outro em veterinária, para garantir que as competições que terão em Paris, porque o salto ainda fara parte do programa, estará completamente de acordo com nossos padrões de bem-estar do cavalo”.

” Vamos ajuda-los também e, claro, temos em Paris uma grande vantagem, pois compartilhamos o mesmo local para que possamos ter nossos procedimentos de bem-estar dos cavalos, por isso gostaríamos de ajudar”.

“Em relação ao futuro do pentatlo moderno, não cabe a mim ou à FEI fazer comentários, é escolha deles não ter hipismo”.

“A única coisa que posso dizer é que se eles querem continuar com o hipismo, eles têm que fazê-lo de acordo com nossos padrões, regras e regulamentos”.

O hipismo sofre constantemente com acusações de organizações contra maus tratos aos animais e inclusive após Tóquio 2022 sofreu pressão de organizações para que todos os eventos da modalidade fossem removidos dos Jogos Olímpicos, após o caso de Jet Set, cavalo montado pelo suíço Robin Godel, que teve que ser abatido após ferimentos durante o cross-country na competição olímpica do concurso completo de equitação e de Kilkenny, montaria do irlandês Cian O’Connor, que sofreu hemorragia nasal na final da prova individual de saltos.

De Vos, que é membro do COI desde 2017, acredita que o lugar do hipismo nas Olímpiadas é seguro e que foi criada uma nova comissão encarregada de estabelecer uma estrutura para tratar de preocupações relacionadas aos cavalos.

” Deixe-me primeiro dizer que é claro que existem organizações de bem-estar animal que são muito reativas, e que algumas delas são o que eu chamo de animalistas porque elas nem querem qualquer, e que algumas delas são o que chamo de animalistas, porque elas nem querem qualquer relação entre o humano e o animal, então eu não acho que são ameaça, por exemplo”, afirmou ele.

“Acho que nossa organização e nossas regras e regulamentos já cobrem as questões de bem-estar, mas acho que uma sociedade em mudança, precisamos explicar proativamente por que podemos praticar nosso esporte, por que nosso esporte é tão importante, não só para o humano, mas também para o cavalo”.

“Então, acho que é isso que temos de fazer por nós mesmos, em vez de sempre ter que fazer declarações de forma reativa toda vez que há um incidentes ou um possível incidente, então queremos criar essa estrutura para que possamos aborda-lo de uma forma proativa, e para que também possamos ter uma discussão mais ampla sobre o que precisamos revisar em nossas regras e regulamentos, o que precisamos melhorar e também como podemos educar melhor nossa comunidade”.

A comissão citada por De Vos, será presidida pela professora Natalie Waran, da Nova Zelândia.

O atual presidente está como mandatário na FEI desde de 2014 e deve ser eleito para um novo mandato de quatro anos.

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