O trabalho do Instituto Mood objetiva a performance, prevenção e a reabilitação da integridade física e emocional do cavaleiro e amazona, através e uma investigação de padrões biomecânicos, fisiológicos, metabólicos e comportamentais. Esse programa é dedicado aos cavaleiros e amazonas que querem aprimorar a performance, melhorar o rendimento e a harmonia com seu cavalo, prevenir e tratar lesões, melhorar a consciência postural e oferecer uma recuperação adequada ao organismo.
Avaliação Mood Específica de Hipismo – Através de uma plataforma tecnológica Corpus Lab e feito um escaneamento corporal verificando os principais sistemas: ● Avaliação da composição corporal ● Avaliação da microcirculação ● Avaliação cardiológica ● Avaliação de estresse e fadiga
● Avaliação da sobrecarga mecânica na coluna
Avaliação de Mobilidade e Flexibilidade das principais articulações que envolvem o hipismo, utilizando a metodologia de cadeias musculares: ● Avaliação da mobilidade Pélvica ● Avaliação da mobilidade da Coluna ● Avaliação da mobilidade de Quadril ● Avaliação da mobilidade de Tornozelo ● Avaliação dos padrões de Cadeias Musculares pelo método Six Mobility, Most e Busquet
Testes de Força e Estabilidade Muscular: ● Avaliação de Estabilidade Estática
● Avaliação de Estabilidade Dinâmica ● Teste de força dos músculos específicos usados pelos cavaleiros e amazonas
Avaliação do tempo de reação a estímulos externos
● Através do Blaze Pod, aparelho de Avaliação Oculomotor o teste ajuda aprimorar os estímulos e melhora a qualidade do movimento
Teste de Balance na Plataforma de Força: ● Avaliação das assimetrias no agachamento comparando um lado com o outro ● Avaliação de força concêntrica e excêntrica, potência, velocidade e descarga de peso em cada membro.
Avaliação da Performance Cognitiva: ● Qualidade de Reação ● Tomada de Decisão ● Atenção ● Controle de Impulsividade
P3H – Programa de Performance e Prevenção de Hipismo
Um programa completo desenvolvido com base nas necessidades de cavaleiros e amazonas que necessitam de ajustes para aprimorar seu desempenho e potencializar o trabalho de conexão com o cavalo, como também alertar pontos que podem resultar em lesões.
Com metodologias específicas e diferentes técnicas de treinamento o cavaleiro e amazona terá a possibilidade de conhecer melhor seu corpo e entender como melhorar sua postura através das ativações musculares corretas, descargas de peso adequadas e equilibradas, deslocamentos de eixos gravitacionais e eficazes alavancas de movimento para uma boa prática de equitação.
Esse entendimento será de extrema importância para melhorar a conexão e a harmonia do movimento com o cavalo durante o percurso nas pistas, assim como, no entendimento do trabalho de solo.
Certamente o equilíbrio das forças, ganho de mobilidade, fluidez de movimento, melhora da qualidade de reação e tomada de decisão farão com que seu cavalo entenda e responda melhor os comandos sem causar estresse e lesão tanto para o cavalo quanto para o cavaleiro e amazona.
Prevenção
Os fatores de risco que envolvem lesões traumáticas podem ser amenizados com os equipamentos de proteção,bons treinadores que ensinam as técnicas da montada,como também técnicas de defesa dentro e fora das pistas.Já os fatores de risco que envolvem lesões por treinos excessivos e movimentos repetitivos podem ser evitados através de uma análise do conjunto, ou seja, cavalo e cavaleiro / amazona, considerando a ergonomia e o perfil do atleta com o animal.
A prevenção de lesões deve ser analisada levando-se em consideração a postura e os gestos motores assumidos durante a atividade executada sobre os cavalos, a biomecânica, a idade dos atletas, capacidade e demanda de treinos e competições, fatores de risco e as principais lesões.
É importante entender que não existe um protocolo específico para prevenção de lesão, mas um modelo pré estabelecido a ser adaptado individualmente através do entendimento das diferentes intervenções que podem ser usadas. Os níveis de intervenção levam em consideração fatores que podem ser alterados de forma direta de acordo com o perfil e seu gesto motor e fatores intrínsecos relacionados a idade que não pode ser alterada.
Principais riscos de lesão
Mesmo tomando todas as precauções para evitar lesões, ainda existem fatores de risco que aumentam a probabilidade de se lesionar.
A equitação assume uma postura no gesto motor que aumenta a pressão e o atrito entre as vértebras da coluna, podendo lesionar principalmente a região lombar. As lesões de membros inferiores acometem quadril, joelhos e tornozelos, pois tem como uma das funções amortecer o impacto vindo do solo e do movimento do cavalo. Já as articulações do ombro podem sofrer lesão pelo desequilíbrio muscular, causado por uma postura inadequada ao manter a posição de controle da rédea.
A lesão por uso excessivo são problemas frequentes nos cavaleiros e resultam na diminuição da habilidade de comunicação harmônica e precisa com seu cavalo devido a posturas compensatórias e ângulos articulares inadequados, podendo causar desconforto tanto para o cavalo quanto para o cavaleiro.
Dentre as principais lesões por excesso de treino encontra-se: ● Lesão na Coluna Lombar ● Lesão na Coluna Cervical ● Cifose Torácica ● Alteração do Diafragma ● Alteração do Ritmo da Cintura Escapular ● Lesão no Ombro ● Lesão no Quadril ● Lesões miotendíneas ● Alterações Fasciais
Performance
Nos atletas os mínimos detalhes fazem a diferença, ajustes finos decidem o resultado na tomada de decisão. É preciso estar em perfeita sintonia com o corpo e mente. Esse esporte não se limita apenas ao treino físico, a parte emocional e cognitiva também direcionam o resultado final.
O treino de performance será baseado na análise dos dados da avaliação com os dados colhidos do treinador.
E de extrema importância correlacionar os dados com a parte técnica no cavalo,o que envolve dados como postura, posicionamento na sela, movimento do corpo, posicionamento dos braços e das mãos nas rédeas, tipos de curvas e os desequilíbrios, distância dos saltos, aterrissagem do salto dentre outros.
Os estudos se baseiam em treinamentos físicos específicos de ganho de mobilidade, estabilização dinâmica,treino de força e treino de equilíbrio dentro da abordagem de cadeias musculares e a biomecânica do movimento.
O trabalho do cavaleiro e amazona é absorver o movimento do cavalo, dar comandos através de seu assento para controlar e direcionar o movimento. Nesse caso devemos dar uma importância significativa para a pelve e o quadril.
Pensando no impulsionamento, no freio e na estabilidade do assento devemos dar importância para a musculatura do tronco.
O alinhamento do tronco para manter a postura equilibrada deve ter uma cadeia extensora forte (Músculos das costas, glúteos e posteriores dos membros inferiores) para não desequilibrar perder o eixo gravitacional.
A estabilização e mobilidade da cintura escapular está diretamente relacionada ao retorno no assento do salto, ou seja, para ter uma boa chegada do salto no assento e não desequilibrar o cavalo deve-se também se atentar à cintura escapular.
O posicionamento dos pés no estribo podem gerar desequilíbrios e alteração de postura no joelho, quadril e até mesmo na lombar, o tornozelo deve ser trabalhado para que fique em posição neutra e harmônica para não gerar compensação.
O hipismo é um esporte que traz muitas particularidades e detalhes em um movimento aparentemente simples, ajustes de contratação, angulação da articulação e todo sistema de fáscia estão envolvidos para trabalhar de forma harmônica gerando uma eficiência nas posturas e um aprimoramento técnico.
O trabalho cognitivo, sensorial e de mindfulness está diretamente relacionado ao trabalho de performance no hipismo melhorando o raciocínio, tomada de decisão em conjunto com a resposta motora.