A teleradiologia como resposta à desigualdade no acesso
A teleradiologia tem se consolidado como uma solução estratégica para ampliar o acesso ao diagnóstico por imagem no Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente em regiões remotas ou com déficit de médicos radiologistas. Com a possibilidade de interpretar exames à distância, a tecnologia permite que especialistas localizados em grandes centros ofereçam suporte a unidades de saúde de todo o país, garantindo maior capilaridade e agilidade nos diagnósticos.
Segundo o médico radiologista Dr. Gustavo Khattar de Godoy — com pós-doutorado pelo Johns Hopkins Hospital e doutorado em Clínica Médica pela UNICAMP —, a teleradiologia pode ser uma ferramenta poderosa dentro do SUS, desde que implantada com responsabilidade, ética médica e foco na qualidade do atendimento. A sua implementação eficaz exige mais do que infraestrutura: é necessário planejamento, integração com as equipes locais e políticas públicas que reconheçam sua importância.
Desafios enfrentados na implementação da teleradiologia
Apesar do potencial transformador, a teleradiologia no SUS ainda enfrenta diversos desafios. A infraestrutura tecnológica é um dos principais entraves, incluindo a qualidade da internet, a disponibilidade de equipamentos adequados e a segurança da transmissão de dados. Em muitos municípios, a ausência de um ambiente digital compatível impede a adoção plena da modalidade.

Outro ponto crítico é a escassez de profissionais capacitados para operar sistemas de envio de imagens e garantir a qualidade dos exames antes da interpretação. De acordo com o Dr. Gustavo Khattar de Godoy, com experiência em teleradiologia e gestão de equipes médicas, é imprescindível capacitar as equipes locais e padronizar os protocolos para que a qualidade dos laudos não seja comprometida. Além disso, a regulação da prática e a garantia da confidencialidade dos dados do paciente são fundamentais para a credibilidade do serviço.
Oportunidades para melhorar a saúde pública com tecnologia
Apesar das dificuldades, a teleradiologia representa uma oportunidade concreta de modernizar o SUS e torná-lo mais eficiente. Ela permite reduzir filas de espera, acelerar o diagnóstico de doenças graves e otimizar a gestão dos recursos humanos da saúde. Com sistemas de laudos integrados, é possível ampliar a cobertura radiológica sem a necessidade de deslocamento físico de profissionais, o que reduz custos e agiliza o atendimento.
Conforme destaca o Dr. Gustavo Khattar de Godoy, especialista em radiologia torácica e teleradiologia, o uso inteligente da tecnologia pode garantir que todos os pacientes, independentemente da localização geográfica, tenham acesso a um diagnóstico de qualidade. Além disso, a teleradiologia facilita a construção de bases de dados clínicas que podem ser utilizadas para políticas de saúde mais precisas e baseadas em evidências.
Soluções viáveis para a consolidação da teleradiologia no SUS
Para que a teleradiologia seja plenamente integrada ao SUS, algumas soluções são consideradas viáveis e necessárias. A primeira delas é a criação de redes regionais de apoio, conectando hospitais de referência a unidades de saúde de menor porte. Essa organização facilita a logística dos exames e garante a uniformidade dos processos.
Outra solução essencial é a capacitação contínua dos profissionais envolvidos. Técnicos, enfermeiros e médicos das unidades básicas precisam dominar as etapas de captura, envio e controle de qualidade dos exames. Isso demanda programas regulares de formação e atualização, além de incentivos institucionais para a adoção de boas práticas.
De acordo com o Dr. Gustavo Khattar de Godoy, que também atua com planejamento estratégico de serviços médicos, parcerias público-privadas e investimentos em inovação podem ser fundamentais nesse processo. A incorporação da inteligência artificial para triagem de exames, por exemplo, pode ser um diferencial, ajudando a priorizar casos graves e melhorar o fluxo de atendimento.
Conclusão: uma solução que exige compromisso
A teleradiologia no SUS representa um avanço significativo para a saúde pública brasileira, mas sua consolidação depende de uma combinação de tecnologia, formação profissional e gestão eficiente. Não basta apenas implementar plataformas digitais — é preciso integrá-las ao sistema de saúde com responsabilidade e foco no paciente.
O exemplo de profissionais como o Dr. Gustavo Khattar de Godoy, com formação nacional e internacional, reforça a importância de unir excelência técnica e visão estratégica para transformar desafios em oportunidades. Com um modelo bem estruturado, a teleradiologia pode ser uma ponte entre a desigualdade e o acesso digno à saúde, contribuindo para um SUS mais justo, ágil e moderno.
Autor: Prospyre Batari Frash