Escolas públicas x privadas: Conheça os indicadores de qualidade e o que aprender de cada modelo!

Prospyre Batari Frash
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Sérgio Bento De Araújo analisa como escolas públicas e privadas podem trocar aprendizados e evoluir juntas a partir de indicadores reais de qualidade.

Como comenta o especialista em educação Sergio Bento de Araujo, a comparação madura parte de dados, metas transparentes e rotinas de melhoria contínua, sempre alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Quando o debate “escolas públicas x escolas privadas” vira placar, perdemos de vista o essencial: educação é bem público, independentemente do CNPJ da mantenedora. Portanto, o foco deve ser aprender o que cada modelo faz melhor e transferir práticas.  Continue a leitura para conferir indicadores comparáveis, lições acionáveis de cada modelo para aplicar já na sua escola ou rede.

Indicadores que importam: O que medir de forma simples e útil?

Antes de discutir modelos, defina indicadores que orientem decisão pedagógica:

  • Aprendizagem: proficiência em Língua Portuguesa e Matemática (por série), evolução trimestral e rubricas por competência;
  • Engajamento: presença, participação em projetos, cumprimento de tarefas e uso de plataformas digitais;
  • Equidade: desempenho por perfil socioeconômico, raça/cor, estudantes PAEE e Educação de Jovens e Adultos (EJA);
  • Transição: ingresso no técnico/superior, empregabilidade e continuidade de estudos no Novo Ensino Médio.

Segundo o empresário Sergio Bento de Araujo, metas anuais devem ser poucas, mensuráveis e públicas, com relatórios para comunidade e conselhos escolares.

O que as escolas públicas fazem muito bem?

Escolas públicas são referência em escala, inclusão e território. Em muitos municípios, integram saúde, assistência social e cultura, garantindo acesso e permanência. Além disso, costumam dominar a gestão de ciclos, a matrícula contínua na EJA e programas de Formação docente em rede, que padronizam o essencial sem sufocar a autoria pedagógica. Quando articulam projetos integradores alinhados à BNCC e ao Novo Ensino Médio, geram impacto sistêmico: feiras de ciências, clubes de leitura, iniciação científica e empreendedorismo social ganham escala e capilaridade. O aprendizado aqui é sobre governança, equidade e políticas de apoio.

O que as escolas privadas fazem muito bem?

Escolas privadas frequentemente inovam com agilidade: adotam metodologias ativas, ampliam laboratórios, combinam ensino à distância com tutoria presencial, e integram tecnologia, inteligência artificial (IA) e robótica a projetos autorais. Em paralelo, estruturam portfólios digitais e apresentações públicas de aprendizagem (expos, hackathons, mostras), o que fortalece o propósito e protagonismo discente. Logo, o aprendizado aqui é sobre curadoria ágil, parcerias e ciclos curtos de experimentação. Não raro, essas soluções inspiram redes públicas a escalarem o que deu certo.

Indicadores que revelam boas práticas: o que escolas públicas e privadas podem aprender entre si, por Sérgio Bento De Araújo.
Indicadores que revelam boas práticas: o que escolas públicas e privadas podem aprender entre si, por Sérgio Bento De Araújo.

BNCC e Novo Ensino Médio: Como alinhar currículo e evidências de aprendizagem?

Para fugir do “cumprir carga”, alinhe competências da BNCC a evidências claras em ambos os modelos:

  • Mapa de competências por série/itinerário (com descritores objetivos);
  • Projetos integradores que conectem problemas reais do território (água, mobilidade, economia local) a conceitos de ciências, humanidades e matemática;
  • Rubricas (iniciante, proficiente, avançado) associadas a produtos: relatórios, protótipos, debates, artigos e apresentações;
  • Portfólios digitais e sessões de banca com comunidade.

Como considera o especialista em educação Sergio Bento de Araujo, quando a avaliação se torna transparente e formativa, a conversa sobre “público x privado” evolui para “quem está aprendendo o quê, em que ritmo, e como apoiar melhor”.

EJA, EaD e tempo real de vida: Flexibilidade como critério de qualidade

Qualidade também é cabilidade na vida do estudante. Assim, redes públicas e privadas ganham ao consolidar trilhas modulares para EJA e estratégias híbridas de Ensino a distância:

  • Assíncrono curto (vídeos objetivos, podcasts, simuladores) para estudo autônomo;
  • Síncrono semanal com tutoria, dúvidas e feedback;
  • Microcertificações empilháveis que reconhecem avanços parciais;
  • Apoio logístico (transporte, dispositivos, dados móveis) para reduzir barreiras.

Nesse contexto, como pontua o empresário Sergio Bento de Araujo, pactuar gatilhos de intervenção (faltas seguidas, atrasos em entregas) que ativem contato, reforço e replanejamento individualizado.

Quando medir, aprender e ajustar se tornam verbos?

No fim, qualidade deixa de ser etiqueta e vira verbo: medir, aprender, ajustar. Escolas públicas e escolas privadas podem, e devem, caminhar juntas quando o assunto é Educação básica com sentido, BNCC em ação, Novo Ensino Médio vivo, EJA flexível e uso pedagógico de tecnologia, IA e robótica. Se sua escola quer dar o próximo passo, escolha poucas metas, estruture evidências e promova mostras públicas. Conforme explica o empresário Sergio Bento de Araujo, a melhor comparação é com o nosso ontem, desde que hoje a gente aprenda mais e com mais propósito.

Autor: Prospyre Batari Frash

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