Sistema fornece informações individualizadas de ruminação em tempo real, permite assertividade na tomada de decisão, tornando atividade mais lucrativa e sustentável
De acordo com estudo ‘Projeções do Agronegócio, Brasil 2018/19 a 2028/29’ do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a produção brasileira de leite deve crescer 21,7% na próxima década.
O crescimento do setor deve apresentar taxas anuais de 2% a 2,8%, puxado por melhorias na gestão das fazendas e na produtividade dos animais. Os números de crescimento são justificados pelo investimento dos produtores na adoção de novas tecnologias.
Exemplo disso é o produtor Rubens Câmara Junior, da RC Genética, que investiu em um sistema de monitoramento do rebanho fornecido pela Allflex, integrado com a ordenha via software de gestão Data Flow™.
A tecnologia fornece informações sobre o bem-estar e a saúde dos animais, bem como o tempo médio de ordenha por vaca, alertas de ruminação, alertas de cio e o volume do tanque de ordenha atualizado.
A propriedade localizada em Cafelândia/SP tem 135 vacas em lactação, Gir e Girolando, que produzem 2.300 litros de leite por dia. Até 2020 a expectativa é ousada: produzir 6.000 litros diários com 300 animais.
Aquisição da tecnologia mostrou inúmeros benefícios como identificar doenças de forma antecipada e até mesmo saber se uma vaca está dando lucro ou não. Em Itapetininga/SP, a Fazenda Uehara também investiu no sistema de monitoramento.
O rebanho é composto por 400 animais, sendo 160 vacas em lactação, que produzem mais de 3 mil litros de leite por dia. O produtor César Atsushi Uehara escolheu investir na raça holandesa, que é uma excelente produtora de leite, mas sensível às condições climáticas.
Com a adoção da tecnologia e aprimoramento da atividade ele está expandindo a atividade. A nova área da propriedade irá alojar mais 250 animais e chegará a 200 vacas em lactação e 5 mil litros/dia. César ainda sonha mais alto, com o projeto tendo capacidade para ter de 300 a 350 vacas em lactação nos próximos dois anos.
O sistema de monitoramento animal usados pelos fazendeiros funciona por meio de sensores colocados nos animais, em formato de colar ou brinco, que fazem a captação de dados em tempo real e os envia para um software de gestão instalado na propriedade ou plataforma online.
As informações captadas pelo sistema são a atividade, o tempo comendo, o tempo ruminando e a taxa de ofegação. A partir desses dados, inúmeros relatórios podem ser gerados para análise, seja em nível individual ou de rebanho. Com isso, a ferramenta auxilia o pecuarista a ter mais produtividade.